fbpx
Campo visual é o quanto de uma área um olho consegue ver quando focado em um ponto central. O exame de campo visual, também conhecido como campimetria, é, portanto, um meio do oftalmologista medir o quanto de visão o paciente possui em cada olho e quanto de visão pode ter sido perdida ao longo do tempo.

Esse exame é um teste subjetivo – o paciente, desse modo, deve estar apto para compreender as instruções, cooperar e finalizar o procedimento para que o médico consiga as informações necessárias para começar a estipular um diagnóstico, caso seja preciso.

O CEMO realiza exames de campo visual. Para saber mais sobre esse e demais testes, não deixe de acompanhar o nosso Instagram. Todas as semanas postamos tudo sobre a saúde ocular.

Agora que você já sabe o que é o exame de campo visual, vamos entender para que ele serve?

 

Para que serve o exame de campo visual

Um exame de campo visual é usado com mais frequência para detectar sinais de dano no nervo óptico causados por glaucoma, mas também para detecção de doenças centrais ou periféricas na retina, assim como outros tipos de danos ou doenças no nervo óptico.

Ele determinar se o paciente possui pontos cegos (chamados de escotomas) na visão e em quais regiões eles estão. O tamanho e a forma de um escotoma podem mostrar como uma doença dos olhos ou uma desordem cerebral está afetando a visão do paciente.

Um escotoma consiste em uma área de alteração parcial no campo de visão, com acuidade diminuída ou inteiramente degenerada, cercada por um campo de visão normal.

O exame de campo visual é uma parte importante do cuidado regular com os olhos para pacientes que possuem risco de perda de visão por doenças ou outros problemas. Pessoas com as seguintes condições devem ser monitoradas com regularidade pelo seu oftalmologista, que determinará com qual frequência o teste será necessário:

– Glaucoma;
– Esclerose múltipla;
– Hipertireoidismo;
– Desordem na hipófise;
– Problemas no sistema nervoso (como tumores que podem estar exercendo pressão nas partes visuais do cérebro);
– Derrame;
– Diabetes e pressão alta.

Oftalmologistas também usam o exame de campo visual para determinar o quanto a visão pode estar sendo limitada por problemas como pálpebra caída.

 

Como é feito o exame de campo visual

O exame de campo visual pode ser realizado por quatro meios principais:

– Campo visual por confrontação;
– Campo visual automatizado;
– Eletrorretinografia;
– Tela de Amsler.

Vamos entender como cada um funciona?

 

Exame de campo visual por confrontação

No teste de campo visual por confrontação, o médico responsável pede para que o paciente olhe diretamente para um objeto diante de si com um de seus olhos cobertos. O oftalmologista, então, apresenta diferentes números de dedos em áreas da visão periférica do paciente, perguntando quantos dedos ele está mostrando enquanto o paciente olha fixamente para o objeto em sua frente.

 

Exame de campo visual automatizado

O teste de campo visual automatizado, por sua vez, é utilizado quando há uma suspeita mais fundamentada de doença ou para monitorá-la. Ele cria um mapa detalhado de onde o paciente consegue e não consegue ver.

Para realizá-lo, o paciente deve olhar, com um dos olhos cobertos, para o centro de um instrumento chamado perímetro, sem desviar seu foco. Pequenas luzes começarão a aparecer ao longo do instrumento, com o paciente devendo apertar um botão toda vez que uma luz acender. A máquina fará o controle de quais delas não foram vistas.

Por o paciente estar olhando para a frente durante o teste, o médico consegue dizer quais luzes foram vistas fora da área central de visão. Como o glaucoma afeta a visão periférica, esse tipo de teste ajuda a mostrar se há perdão de visão fora da área central do campo.

Há dois tipos de exames similares ao teste de campo visual automatizado: o teste de campo visual cinético e outro que utiliza um instrumento chamado perímetro de dupla frequência.

O primeiro é bastante similar ao teste de campo visual automatizado – porém, em vez de as luzes piscarem de forma fixa, elas se movem.

No teste que utiliza o instrumento chamado perímetro de dupla frequência, há o uso de uma ilusão de óptica para que se verifique algum dano à visão. Barras verticais, geralmente pretas e brancas, aparecem no perímetro da tela. Elas irão cintilar em frequências variadas. Se o paciente não for capaz de ver as barras verticais durante certos momentos do teste, isso indicará que ele possivelmente sofre de perdas visuais em partes de seu campo visual.

 

Eletrorretinografia

Para uma checagem efetiva da perda de campo visual por decorrência de condições na retina, o oftalmologista pode utilizar o método da eletrorretinografia. Esse exame mede os sinais elétricos de células fotossensíveis presentes na retina, chamadas fotorreceptores, bem como de outras.

Para fazer esse teste, as pupilas são dilatadas, e o paciente recebe um colírio anestésico. Os olhos são mantidos abertos com o uso de um espéculo. Um eletrodo, então, é colocado na córnea. O paciente deve observar dentro de uma máquina que gera luzes piscantes de diferentes padrões enquanto o eletrodo mede a atividade elétrica dos olhos respondendo à luz.

 

Tela de Amsler

O teste da tela de Amsler, desenvolvido pelo oftalmologista suíço Marc Amsler em 1945, é bastante usado para avaliar a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), doença que, como o nome indica, atinge grupos de pessoas mais idosas. Ele consiste em um padrão de linhas retas verticais e horizontais que formam uma tela com vários quadrados idênticos. O paciente olha para um ponto no centro da tela e descreve ao médico quaisquer áreas que apareçam embaçadas, borradas ou vazias. Ele monitora apenas o meio do campo visual, mas é uma ferramenta simples para medir as alterações de visão.

Agora que você já sabe mais sobre o exame de campo visual, me conta, o que achou do post. Foi útil para você? Deixe o seu comentário e compartilhe para ajudar outras pessoas com as mesmas dúvidas!

Dr. David Ribeiro de Mendonça Filho
CRM/SP 98339
Especialidade: Cirurgias Refrativas, Catarata, Ceratocone e Retina Clínica