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Assim como outras doenças necessitam de atenção, às doenças oculares também. Todas as doenças, o quanto antes forem descobertas, possuem maior índice de chance de tratamento. Por isso, o ideal é manter uma rotina de exames no oftalmologistae seguir todas as recomendações de tratamento para o glaucoma.

 

O que é o glaucoma e os principais tipos?

O Glaucoma é uma doença ocular que tem como causa, principalmente, o aumento da pressão intraocular (PIO). Esse aumento da pressão causa lesões no nervo óptico, que acabam por causar diminuição na visão do paciente.

Essa diminuição pode ser progressiva e se não tratada de forma correta, pode ocasionar a perda total da visão.

Existem diferentes tipos de glaucoma, podendo ser classificado em primário, congênito e secundário.

O glaucoma primário de ângulo aberto é o mais frequente, com aparecimento nos dois olhos e sem sintomas. Ele acontece pelo desequilíbrio na produção / drenagem do humor aquoso (líquido dentro do olho), aumentando a pressão intraocular.

O glaucoma primário de ângulo fechado ou estreito é um tipo considerado mais grave, pois o bloqueio da passagem desse líquido ocorre de forma rápida, o que causa a progressão acelerada da doença.

O glaucoma congênito é mais raro e já nasce com o bebê, sendo possível de diagnosticar por volta dos seis meses de vida, sendo tratado somente com intervenção cirúrgica.

O glaucoma secundário é o causado por lesões, como batidas, sangramentos, tumores, diabetes, medicamentos, etc.

 

Fatores de risco e sintomas

Esse tipo de doença geralmente se manifesta depois dos 35 ou 40 anos, mas algumas pessoas podem apresentar mais chances de desenvolver esse problema ocular, como:

• Pessoas com diabetes;
• Fator hereditário;
• Traumas oculares.

Depois de saber quem precisa tomar mais cuidado, é importante também falar sobre os sintomas.

O glaucoma, em fase inicial, normalmente não apresenta sintomas, o que dificulta que o paciente procure ajuda médica. Quando o paciente começa a notar a perda da visão, a doença já se encontra em estágio mais avançado.

Essa perda inicial acontece primeiro na visão periférica, ou seja, na visão das laterais. Após, essa perda pode ir se acentuando e estreitando o campo de visão.(campo visual tubular)

Os primeiros sinais do glaucoma podem ser notados com o exame de fundo de olho, por isso é tão importante que o paciente faça exames regulares para que possa prevenir e, se for o caso, descobrir a doença logo nas fases iniciais.

 

Como é feito o tratamento do glaucoma?

O tratamento do glaucoma vai depender do estágio em que a doença se encontra.
Após o médico definir o estágio, alguns métodos de tratamento podem ser seguidos, tanto os mais simples, quanto os mais invasivos.

Em uma fase inicial do tratamento, o profissional indica o tratamento clínico, que é com utilização de colírios.

Os tipos de glaucoma também possuem diferenças no tratamento. E isso também é levado em consideração para a definição do mesmo.

Os tipos de glaucoma que estão diretamente relacionados a fatores de saúde, como a diabetes, necessitam de um tratamento mais específico, até que a causa comece a regredir e a pressão intraocular comece a diminuir.

Com isso, resolvendo ou controlando o problema que está causando o aumento da pressão intraocular, a visão pode voltar e o paciente se recupera.

Além disso, também há possibilidade de medicamentos orais para o tratamento, mas essa opção geralmente só é usada em casos mais emergenciais.

Tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto

O tipo mais comum dessa doença é o glaucoma primário de ângulo aberto, e o principal tratamento, nesses casos, é o uso constante de colírios.

O paciente que é diagnosticado com esse tipo de glaucoma, e que necessite de tratamento através de colírios, terá a necessidade de seguir com esse tratamento durante toda a vida, pois é uma forma de controle não tendo cura. Nesse tipo de glaucoma também pode ser indicado o tratamento por intervenção cirúrgica, como a cirurgia ou a utilização de raio laser. Em ambos os casos, é preciso sempre realizar o acompanhamento para que se tenha o controle da doença, pois o tratamento feito de forma equivocada ou o tratamento interrompido pode provocar a evolução da doença e consequentemente a cegueira do paciente.

 

Como é o tratamento através de intervenção cirúrgica?

Naqueles casos em que outros tratamentos não foram suficientes, ou que não foram recomendados ao paciente, a cirurgia é uma opção (glaucoma primário de ângulo estreito ou fechado).
A mais comum é a chamada de trabeculectomia e consiste em uma abertura pequena na parte branca do olho. Através dessa abertura é criado um canal pelo qual o fluido que está dentro do olho irá sair, causando a diminuição da pressão intraocular.

O resultado positivo dessa cirurgia pode ser diferente em cada caso, em alguns casos o paciente pode ficar muitos meses sem ter necessidade de utilizar colírios ou outro medicamento.

No entanto, a pressão intraocular pode voltar a subir, sendo necessário o controle por algum tipo de medicação. Mas, como a cirurgia já foi feita, esse controle é mais fácil de acontecer, pois a pressão reduz com maior facilidade.

É importante ressaltar que a cirurgia não é uma cura, de forma que o paciente precisa manter uma rotina de visita ao oftalmologista para que o controle seja feito.

 

Tratamento através de terapia de laser

Essa forma de tratamento geralmente é utilizada antes de passar para o tratamento por cirurgia. Nesse caso, muito provavelmente, os colírios ou medicamentos não surtiram o efeito desejado, e então o passo a seguir é a terapia a laser.

O grande diferencial dessa técnica é que ela não é invasiva como a cirurgia, inclusive é feita no próprio consultório médico e não é demorada, leva em média de 15 a 20 minutos.

O tratamento é feito com um laser que é direcionado para o sistema de drenagem do olho. Quando entra em contato com esse sistema, o laser realiza pequenas mudanças que tornam possível a retirada do líquido de forma melhor.

O resultado pode não ser instantâneo, demorando de 3 a 4 semanas para que os efeitos apareçam. Enquanto isso, o paciente mantém avaliações com o médico para que o resultado seja medido e percebido.

Assim, diante dos vários tipos de diagnósticos e tratamentos, é fundamental que exista acompanhamento médico para que a doença seja detectada com rapidez e o melhor tratamento seja definido.

Dr. David Ribeiro de Mendonça Filho
CRM/SP 98339
Especialidade: Cirurgias Refrativas, Catarata, Ceratocone e Retina Clínica