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Entre as principais causas de cegueira em pessoas adultas, o glaucoma é um problema ocular que merece muita atenção e inspira grandes cuidados.

Apesar de ser uma doença incurável, é possível evitar os sérios danos à visão que esse mal pode causar, desde que seja tratado de maneira correta e tenha um diagnóstico rápido.

Acompanhe nosso artigo e conheça mais sobre essa doença e porque pode causar cegueira. Saiba também quais são os sintomas e como o diagnóstico para o glaucoma é feito, além dos tratamentos que podem ser realizados.

 

O que é o glaucoma?

Trata-se de uma patologia ocular que tem como causa principal o aumento da pressão intraocular. Essa reação vai, aos poucos, ferindo o nervo óptico e gerando lesões irreversíveis.

Dessa maneira, haverá comprometimento da visão, gradativamente. Caso a doença não seja tratada ou se houver uma grande demora no diagnóstico, há um risco grande de cegueira.

De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, de 2% a 3% da população brasileira com mais de 40 anos de idade sofrem de glaucoma. Apesar de não haver uma regra para o desenvolvimento da doença, existe a indicação de alguns fatores de risco que aumentam as chances do seu surgimento, como:

● Diabetes;
● Idade acima dos 40 anos;
● Traumas ou lesões oculares;
● Afrodescendência;
● Hereditariedade.

É importante destacar o fator histórico familiar, já que aproximadamente 6% das pessoas com glaucoma, já tiveram casos da doença na família.

 

O que causa a doença?

A Ciência e todos os estudos feitos a respeito do glaucoma ainda não conseguiram definir exatamente os fatores responsáveis pelo aumento da pressão dos olhos, o que dá origem ao glaucoma.

No entanto, acredita-se que o aumento do líquido produzido no interior dos olhos, chamado humor aquoso, ou a dificuldade de sua drenagem, são alguns dos principais motivos do desenvolvimento da doença.

Considera-se ainda que o glaucoma pode ser causado por uma variação constante da pressão ocular, que pode ter tanto causa congênita, como medicamentosa.

 

Por que o glaucoma pode causar cegueira?

Glaucoma é considerado a segunda maior causa de cegueira no mundo e a terceira no Brasil. A cegueira se desenvolve porque o glaucoma é uma enfermidade crônica e degenerativa do nervo óptico, que é a estrutura responsável por enviar as imagens do olho para o cérebro.

A doença provoca um estreitamento do campo visual, levando o indivíduo a perder progressivamente a visão periférica, já que a lesão desenvolvida no nervo impede que a imagem chegue até o cérebro (campo visual tubular).

Ela progride lentamente durante meses, anos ou décadas, até que atinja completamente a visão, se não for tratada. Na maioria das vezes, o glaucoma atinge ambos os olhos.

 

Sintomas do glaucoma

É muito comum uma pessoa que tem glaucoma não apresentar nenhum sintoma na fase inicial. Exatamente por esse motivo ela é chamada de “doença silenciosa” e é extremamente importante realizar sua prevenção.

Alguns indivíduos só percebem que estão com o problema quando já estão começando a perder sua visão periférica, ou seja, quando o glaucoma já está em um estágio avançado.

Sintomas de glaucoma ocular mais comuns são:

● Manchas escuras no campo visual periférico;
● Olhos vermelhos, lacrimejantes, ou com sensibilidade à luz;
● Dor nos olhos e dores de cabeça.

 

Tipos de glaucoma

Existem vários tipos da doença, no entanto, o glaucoma crônico simples ou glaucoma de ângulo aberto, representa aproximadamente 80% dos casos. É mais comum em pessoas acima de 40 anos e geralmente é assintomático.

Esse tipo de glaucoma é causado por uma alteração anatômica que se manifesta na região do ângulo da câmara anterior, impedindo a saída do humor aquoso e gerando aumento da pressão intraocular.

O glaucoma de ângulo fechado, por sua vez, origina-se com o aumento súbito da pressão ocular. Nesse caso, os sintomas são imediatos e é preciso um atendimento e cuidados emergenciais.

A forma mais rara da doença é o glaucoma congênito, que ocorre com os recém-nascidos, decorrente do aumento de pressão intraocular, ainda na formação do feto.

O glaucoma secundário é causado por fatores externos como enfermidades ou uso de determinados medicamentos.

 

Diagnóstico e tratamento

Para o diagnóstico de glaucoma, o oftalmologista vai realizar um exame ocular completo. O especialista examina o interior do olho, com a pupila geralmente dilatada.

A verificação da pressão intraocular, através da tonometria, não é suficiente para diagnosticar o glaucoma, já que a pressão ocular costuma mudar. Desse modo, outros exames específicos poderão ser feitos para a confirmação do diagnóstico.

O tratamento é feito com um laser que é direcionado para o sistema de drenagem do olho. Quando entra em contato com esse sistema, o laser realiza pequenas mudanças que tornam possível a retirada do líquido de forma melhor.

O tratamento do glaucoma baseia-se em diminuir, aos poucos, a pressão intraocular, de maneira que seja possível evitar a evolução da doença.

Normalmente, isso é feito com o uso de colírios antiglaucomatosos, que ajudam a regular a pressão. Diante de casos mais graves, a cirurgia, ou o laser são indicados.

Como se trata de uma doença incurável, é preciso que haja um acompanhamento com oftalmologista durante toda a vida e esse profissional irá definir o intervalo entre as consultas e exames necessários para manter a patologia controlada.

 

É possível evitar o glaucoma?

Infelizmente, não existem medidas que possam evitar o aparecimento do glaucoma, até porque, como mencionamos, não existem muitas certezas sobre os fatores que desencadeiam essa doença.

No entanto, é possível evitar o desenvolvimento da patologia e os danos que ela pode causar à visão, por meio de um diagnóstico precoce e do tratamento correto.

Como na maioria dos casos os sintomas demoram para aparecer, é necessário que seja feita a prevenção, principalmente no caso de pessoas dentro do grupo de risco. Nesse caso, o paciente deve realizar consultas anuais com o oftalmologista e exames oculares, quando necessário.

Mesmo pessoas que consideram possuir uma excelente visão precisam realizar a consulta com o médico oftalmologista para confirmar que não existe nenhum tipo de comprometimento ocular, já que a ausência de sintomas não significa necessariamente que está tudo bem (mais comum).

Principalmente se você tem casos de glaucoma na família e há muito tempo não realiza um exame oftalmológico, agende sua consulta para ter certeza de que está tudo bem com a saúde dos seus olhos.

Quer saber mais sobre glaucoma? Deixe suas dúvidas nos comentários!

Dr. David Ribeiro de Mendonça Filho
CRM/SP 98339
Especialidade: Cirurgias Refrativas, Catarata, Ceratocone e Retina Clínica